“Toda vez que nos deparamos com uma situação nunca vivida, sequer nunca sonhada, tomamos um susto e ficamos ansiosos, inseguros, talvez até com um certo medo. Se for algo que julgamos mais grave, então, ficamos apavorados. Pro bem e pro mal. Se perdemos o emprego ou se assumimos um cargo de grande responsabilidade, já bate aquele nervoso. Se alguém que amamos aparece com um sintoma diferente de doença ou se faremos nossa primeira viagem, aquela dos sonhos para o outro lado do mundo, lá vem o frio na barriga. Aí, descobrimos que não tem outro jeito, ou resolvemos ou passaremos sufoco naquela experiência, em outra e em outra... na vida toda! Então, entendemos que, para sair da situação, precisamos enfrentá-la, e somos nós que temos que fazer isso. Na alegria e na tristeza. Você vai enviar alguém para viajar no seu lugar? Vai ceder o cargo dos sonhos para o colega da mesa ao lado? Tem varinha mágica para acabar com a doença ou fazer as contas desaparecerem no fim do mês? Não dá para terceirizar. E aí, por onde você começa? Pensando, né? E pensando em que? Na solução. E você busca o que? Conhecimento! Informação é o ponto de partida.
O filósofo e poeta americano Ralph Waldo Emerson, disse “O conhecimento é o antídoto do medo”. Pensa comigo: se você vai viajar, traça mapas, consulta guias, acessa o Google, conversa com um, com outro para buscar informações; se você vai assumir um cargo, estuda, busca referências e cases de sucesso, que nada mais são do que informações; se é doença, vai estudar os tratamentos possíveis e pesquisar médicos de confiança que lhe dão informações. A medida que conhecemos melhor os aspectos que envolvem aquela experiência, o medo vai perdendo sua força. Quando nos damos conta, estamos vivendo a experiência e dia a dia as coisas vão mudando, ficando melhores, mais leves. De repente, vimos que deu tudo certo, que a viagem correu bem, que assumimos o novo cargo e está tudo sob controle, que resolvemos o problema financeiro com um novo emprego e até descobrimos que o tal sintoma da doença nem era assim tão grave. Conhecimento dá coragem. “Coragem é preparo, e não mera disposição eufórica”, disse Mário Sérgio Cortella.
Portanto, se seu filho tem Síndrome de Down, calma, seu mundo não acabou. Ele talvez esteja um pouco escuro, basta acender a luz! Busque informação em boas fontes, com pessoas da sua confiança, sejam médicos, amigos, familiares... e ouça o seu coração, sempre. Nesta semana, farei a série de postagens breves chamada #downsemmedo sobre os primeiros passos que eu dei quando descobri o defeito cardíaco na minha filha e, então, a Síndrome de Down. Vamos conversar e juntos iluminar os nossos mundos e os de quem mais estiver em volta? - Camila Castro / Blog Um em Mil”

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